O projeto, a implantação e a gestão de sistemas de produção e serviços – bem como de infraestrutura regional e urbana – sejam eles públicos ou privados, têm passado por transformações profundas. As características dinâmicas do cenário econômico, particularmente a busca por incrementos de competitividade, tanto em termos econômicos quanto em termos operacionais, têm sido grandes e importantes motores do desenvolvimento e da inovação tecnológica na Engenharia de Produção. Paradoxalmente, tais sinais de dificuldade findam por implicar a multiplicação das oportunidades de negócio no mercado, retroalimentando a dinâmica supracitada.

No Brasil, este quadro agrava-se devido às condições sociais e infraestruturais relegadas na importância relativa a outros setores da economia, por falta de investimentos e continuidade das políticas públicas, que induzem os investidores a fazerem aplicações financeiras em detrimento de investimentos nos sistemas de produção..

Assim, criar ou manter uma organização produtiva de forma sustentável financeira, social e ambientalmente, com retornos sobre os investimentos viáveis e atrativos, passou a ser uma capacitação central em todos os setores; desde o agronegócio, passando pela manufatura de bens até a prestação de serviços. Já não se pode prescindir, no âmbito de uma organização em plena operação ou mesmo no projeto de uma nova, da habilidade na gestão dos recursos financeiros e produtivos da empresa.

A Engenharia de Produção, particularmente, desenvolve e aperfeiçoa soluções para problemas de sistemas de produção de bens ou de serviços. Para um gestor desses sistemas, as habilidades da Engenharia de Produção e a formação em Economia , tipicamente voltada a entender, modelar e explicar os fenômenos do ambiente econômico – inclusive das firmas –, são fortemente complementares e, consequentemente, altamente profícuas para suas organizações.

Enfim, pode-se dizer que a aplicação da teoria econômico-financeira na gestão empresarial e na gestão de projetos de empreendimentos em complementação a capacidade de projetar, analisar e gerenciar tais objetos permite majorar o valor criado para a sociedade de um modo geral, além de, prover melhor retorno para os investidores diretos. Neste sentido, a formação de profissionais especialistas em Engenharia de Produção e Econômica mostra-se um diferencial regional e nacional, justamente em um momento em que se pretende potencializar o crescimento econômico e, consequentemente, os investimentos na produção.